MISTÉRIOS DA GLÂNDULA PINEAL

14/02/2014 10:50

(Por Murillo Torres – venerável Mestre da ARLS Deus Harmonia e Amor nº 149)

 

Houve um tempo – e ainda há quem acredite nisso – em que a glândula pineal era considerada meramente um órgão vestigial, isto é, que se encontra em tamanho reduzido e sem função, a exemplo do apêndice no intestino humano. Porém, pesquisas científicas já confirmaram a presença de altas concentrações de melatonina na referida glândula. E, a melatonina é um hormônio muito importante, principalmente, por sua alta relevância para o estudo da fisiologia humana e da fisiopatologia de várias doenças, a exemplo de distúrbios de sono, processos de envelhecimento, imunodeficiência, defesa antioxidante do organismo, alguns tipos de depressão, mal de Alzheimer, cefaleias, entre outras.

 

A produção de melatonina pela pineal é estimulada pela escuridão e inibida pela luz. A retina detecta a luz, sinalizando a informação para o núcleo supraquiasmático (centro primário de regulação dos ritmos circadianos). O ritmo circadiano regula os ritmos biológicos, bem como, muitos dos ritmos psicológicos do corpo humano, com influência sobre, por exemplo, a digestão ou o estado de vigília e sono, a renovação das células e o controle da temperatura do organismo.

 

Nesse sentido, acredita-se que a glândula pineal possua um papel muito importante no desenvolvimento sexual, na hibernação e no metabolismo e procriação sazonais. Acredita-se que os altos níveis de melatonina em crianças inibem o desenvolvimento sexual, e tumores da glândula foram, geralmente, associados à puberdade precoce. Após a puberdade, a produção de melatonina é reduzida, ocasionando a calcificação da glândula em adultos.

 

Segundo Descartes (1641) a glândula pineal é, na verdade, o ponto de união entre o corpo e a alma. Atribuindo a este órgão funções transcendentais. Vários cientistas tem se dedicado ao estudo deste órgão. Com a forma de um grão, é considerada por várias correntes religiosas e filosóficas como o “terceiro olho” ou a “segunda vista” e, inclusive, localizada no centro geográfico do cérebro, possui uma certa semelhança estrutural com o órgão da visão.

 

Os defensores destas capacidades transcendentais deste órgão o comparam a uma antena. A glândula pineal tem na sua constituição cristais de apatita. A apatita é um dos poucos minerais produzidos e utilizados por sistemas biológicos. Por exemplo, a hidroxiapatita, uma de suas variantes, é o principal componente do esmalte dentário e tem considerável participação no material ósseo. Segundo os teóricos que defendem a sua importância transcendental, estes cristais vibram conforme as ondas eletromagnéticas que eles captam, e isso explicaria a regulação do ciclo menstrual conforme as fases da lua, ou a orientação de uma andorinha em suas migrações.

 

Ainda segundo alguns teóricos, é na glândula pineal que se encontra a explicação para fenômenos paranormais como a clarividência, a telepatia e a mediunidade. Seria ela a glândula da vida espiritual e mental e que desempenha papel fundamental no campo sexual, também. No terreno concreto, esta última função é apontada desde 1958 e, atualmente passou a ser amplamente aceita.

 

E então? Estaria a glândula pineal ligada à mente espiritual através de princípios eletromagnéticos do campo vital, como defendem alguns espiritualistas?

 

Tal fato a ciência formal ainda não conseguiu verificar.

 

Poderia a glândula pineal comandar as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade?

 

Há quem defenda que a glândula pineal é um órgão sensor que capta as informações por ondas eletromagnéticas devido às propriedades dos cristais de apatita, e, em seguida, as convertem em estímulos neuroquímicos, de forma análoga à antena do aparelho celular para sinais eletrônicos.

 

Na doutrina hindu, esse é o principal órgão do corpo, possuidor de dois chacras ou centros de energia responsáveis pelo desenvolvimento extra-físico, funcionando como receptores e transmissores de energia vital: o “chacra do terceiro olho”, central na testa, acima da altura dos olhos, e o “chacra coronário”, mais superior, também na cabeça.