O MESTRE MAÇOM CUJA PEDRA AINDA ERA BRUTA

28/09/2013 22:08

O MESTRE MAÇOM CUJA PEDRA AINDA ERA BRUTA

[Por: Yhssahrim Zell-Agozam]

 

Ao sucumbir em meio a tantas imperfeições, “O MESTRE MAÇOM CUJA PEDRA AINDA ERA BRUTA” se deparou com tantos vícios que se reconheceu pequeno e incapaz de reagir.

 

Pensou em desistir ao ver tantas arestas a aparar em sua Pedra. Coçou a cabeça e então pensou: “- Há muito tempo já deveria estar Polida... “

 

Após algum tempo sem pensar em nada, “O MESTRE MAÇOM CUJA PEDRA AINDA ERA BRUTA” voltou a pensar: “- Este parece ser o fim, o caos, a desordem, a morte...”

 

Porém, analisando mais profundamente e refletindo sobre tudo o que estava a enfrentar, o “O MESTRE MAÇOM CUJA PEDRA AINDA ERA BRUTA” conseguiu compreender que aquela situação era apenas a finalização de um ciclo que dará lugar a uma nova fase.

 

O “O MESTRE MAÇOM CUJA PEDRA AINDA ERA BRUTA” percebeu que precisava abandonar o seu passado, concentrar-se no presente e projetar o seu futuro. Futuro que deve ser estabelecido no equilíbrio exato entre o positivo e o negativo. Na conciliação dos antagônicos, para resultar no encontro do caminho do meio. Uma conciliação. O ponto de equilíbrio entre os extremos. O dia e a noite. A Luz e a escuridão. O passivo e o ativo.

 

Nesse estágio deve-se entender que estamos face a face com uma situação totalmente insólita e que qualquer perda pode vir a ser irreparável. Em conseguinte, a partir de então, somos obrigados a abandonar um padrão limitado de comportamento, em favor de uma visão mais plena e satisfatória do universo que nos cerca e do qual fazemos parte.

 

Este é o primeiro lampejo do caminho que devemos trilhar: O caminho da verdade interior em busca do melhor agir. Nesse caminho, a força interior deve brotar e então encontraremos a Estrela Flamejante. Assim, poderemos reconhecer o homem perfeito que tendo integrado em si os quatro elementos, tornou-se consciente de que está consciente da quintessência.

 

Somente então os nossos utensílios de trabalho terão alguma serventia. Servirão agora para medir a nossa nova maneira de agir. Poderemos agora derrubar os obstáculos e superar as dificuldades através de um raciocínio correto que nos faz agir e perseverar. Aprenderemos a aprofundarmo-nos no conhecimento e a considerar todas as coisas com igual serenidade. Deste modo, nos tornaremos capazes de aplicar tudo o que sabemos em nossas relações.

 

Quando aptos a manejar os utensílios de maneira eficaz teremos a permissão para atravessarmos o portal e nos encontrarmos com o nosso Mestre Interior. Ele nos orientará a conhecer a Realidade Verdadeira que está acima do mundo das ilusões.

 

Dois caminhos de libertação abriram-se então diante d“O MESTRE MAÇOM CUJA PEDRA AINDA ERA BRUTA”: o caminho da sabedoria, que se abre para os que estão dispostos a meditar; e o caminho da ação, que se abre para os que preferem agir sem apego.

 

Entretanto, “O MESTRE MAÇOM CUJA PEDRA AINDA ERA BRUTA” compreendeu que esses dois caminhos são um só, porque ninguém se liberta da escravidão do agir pelo fato de não agir e ninguém atinge a perfeição interior só por desistir da atividade externa.

 

“O MESTRE MAÇOM CUJA PEDRA AINDA ERA BRUTA” então percebeu que poderia através do trabalho sobre suas energias harmonizadas e integradas com o Macrocosmo atingir a Verdadeira Luz e eis que compreenderia que não foi ele que se entregou, mas que ele foi recebido. Tornou-se, portanto o Ressuscitado, que a Divindade resgatou, quando tudo parecia perdido.

 

“O MESTRE MAÇOM CUJA PEDRA AINDA ERA BRUTA” deixou de ser quem era antes e passou a ter a sua Pedra Polida.

 

Passou, deste modo, a trabalhar com as ferramentas utilizando-as de forma J.'. e P.'., agora no plano mental, porque não se compraz de nenhum fruto de seu trabalho nem se apega a objeto algum da natureza; age sempre com serenidade, na paz do seu Eu, porque sabe que  não é ele quem age, mesmo quando realiza alguma obra.

 

Passou então a ser simplesmente um “MESTRE PERFEITO”.

 

Adquiriu finalmente a Plena Consciência de que para encontrar a Suprema Realidade, o G.’.A.’.D.’.U.’., não é necessário que o homem saia do mundo dos fenômenos transitórios, como pensam os dualistas, mas simplesmente que descubra o Invisível nos visíveis, o Eterno nos temporários, a Realidade no meio das aparências, o Criador em todas as criaturas.

 

Essa é a gloriosa conquista dos Iluminados, verem a Deus em todas as suas obras, só então nos tornaremos verdadeiramente dignos de dizer: A.'. A.'. M.'. E.'. C.'..